O que é fenomenologia?

Um convite a olhar para as coisas tal qual elas aparecem.

Se alguém me perguntasse “o que é fenomenologia?”, minha primeira resposta seria:
“Depende do bar em que estamos sentados, ou seria um café? Depende do dia e do tanto que a gente quer se perder nessa conversa.”

Fenomenologia é isso: um jeito de olhar o mundo que, ao mesmo tempo, pode ser simples e profundo. Um método que nasceu no começo do século XX e que ainda hoje atravessa a psicologia, a filosofia e até a vida cotidiana, como um convite a olhar para as coisas tal qual elas aparecem.

A fenomenologia foi fundada por Edmund Husserl, um filósofo alemão que quis entender como nós vivemos a experiência do mundo.
Ele não queria explicar o mundo com fórmulas, mas com a descrição do que se mostra a nós, pura experiência, sem camadas de julgamento ou suposições.

Depois, esse pensamento ganhou vida nova com Martin Heidegger, que trouxe a dimensão do “ser-no-mundo”, aquela sensação de que não estamos só observando, mas sendo parte daquilo que vivemos.

Na psicologia, a fenomenologia chegou para questionar métodos rígidos e buscar a experiência única de cada pessoa.

Aqui não tem receita. Não tem “sintoma que deve ser tratado assim”.
Tem escuta atenta, presença e o esforço de deixar o outro ser como ele é, sem filtro.

O psicólogo fenomenológico-existencial se interessa pelo mundo do paciente como ele aparece, com suas dúvidas, seus silêncios, suas angústias e também seus momentos de sentido.

Pra mim, a fenomenologia é quase um jeito de respirar.
É tentar segurar a pressa, abrir o espaço para o que surge, mesmo que o que surja seja confuso ou doloroso.
É aprender a estar com o outro sem pressa de resolver, só de escutar.

Se você quer mergulhar nesse universo, fica o convite: experimente olhar suas experiências sem julgar.
Veja o que aparece.
E se quiser, volte aqui, porque esse espaço vai ser isso: um lugar de encontro entre a psicologia que estuda e a vida que acontece.

#avidainsiste

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